14 de maio
O que aconteceu no dia imediatamente após a abolição da escravatura? Essa é uma das questões presentes na música “14 de maio”, composta por Lazzo Matumbi e Jorge Portugal:
Para ler textos cujas reflexões abarcam aspectos que tanto antecedem como ultrapassam o 13 de maio de 1888, chegando até aos dias atuais, recomendamos a lista de artigos da série Ocupação HN na Imprensa, promovida pela Rede de HistoriadorXs NegrXs, e acrescentamos os materiais adiante:
Reportagens:
Por que é tão difícil traçar a genealogia de pessoas negras no Brasil?
E depois do 13 de maio? Lutas negras mineiras em um contexto de liberdade
Devir quilombola: antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas
Artigos acadêmicos:
"Um desejo infinito de vencer": o protagonismo negro no pós-abolição
"A redempção de nossa raça": as comemorações da abolição da escravatura no Brasil
Grada Kilomba
No dia 13 de maio de 2024, a escritora e artista multidisciplinar Grada Kilomba esteve presente no Roda Viva. A entrevista na íntegra, que vale muito a pena, pode ser vista aqui.
Abaixo, deixamos textos que nos ajudam a conhecer mais sobre sua obra:
Para além das máscaras brancas: a política de cotas em disputa
Bailarina fala sobre ser a única brasileira em performance de Grada Kilomba
Livro de Grada Kilomba discute o racismo cotidiano relatado na voz de mulheres negras
Para finalizar esse tópico, destacamos o trecho em que Grada Kilomba responde a seguinte questão: os negros precisam ser excepcionais?
Marcellina Akpojotor
Por falar em arte, lembramos da artista nigeriana Marcellina Akpojotor. Seu trabalho, que reúne texturas bem singulares, apresenta retratos das vivências femininas na Nigéria. Para conhecer mais obras, basta clicar na imagem abaixo.
Mulheres Pretas na Arte
Em sua pesquisa, a artista visual Carolina Gracindo destaca como a representação de mulheres pretas na arte brasileira mudou ao longo do tempo. O estudo leva como base as obras produzidas entre os séculos XX e XXI e ressalta que imagens de subserviência foram substituídas por representações que captam a resistência. Para ler mais sobre o tema, você pode clicar aqui.
Inclusive, ao ler a matéria sugerida, será possível conhecer mais detalhes que tornam a obra abaixo uma exceção na época em que ela foi produzida.
A Baiana - Foto: Museu Paulista/Wikimedia Commons
Dicas de leitura
A partir de um convite realizado pelo portal Nexo, o designer, ilustrador e escritor Renato Cafuzo fez uma seleção de cinco livros infantis que guardam, em comum, a representatividade negra e periférica. Para conferir, só clicar aqui2.
Outro destaque é a trilogia “Narrativas contemporâneas de mulheres latinas no poder, na política, na arte, na cultura e comunicação”. Os volumes podem ser acessados abaixo:
Arte, cultura e comunicação sob distintas perspectivas de mulheres na América Latina e no Caribe
Mulheres latinas e caribenhas, poder e política: espaços de luta e resistência
Práticas e produções culturais e acadêmicas de mulheres latinas e afro-caribenhas
Pele negra, alucinações brancas: capitalismo, IA e racialização
Fanon branco? Segundo uma programa de Inteligência Artificial, sim. Para entender melhor essa alucinação e aspectos que envolvem colonialismo digital, recomendamos este artigo de Deivison (Nkosi) Faustino e Walter Lippold.
Veja também:
Professoras negras na Física
O episódio mais recente do “Aqui tem ciência”, podcast da UFMG, apresenta a pesquisa realizada pela psicóloga Fernanda Aparecida de Souza no doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação – Conhecimento e Inclusão Social da UFMG, a respeito da validação de docentes negras na área de Física3. Vale muito a penar ouvir:
Caso queira, veja também:
Brasília (DF) é a primeira cidade a receber exposição sobre pesquisadores negros na astrofísica
Site da exposição “Astrofísica dos Corpos Negros”
Fonte: Autores da exposição, Alan Brito e Elaide / Foto: Reprodução/Arquivo da exposição
Imperdível: Conceição Evaristo + Luanda & Sueli Carneiro no Angu de Grilo
Falando em podcast, vale a pena conferir episódios especiais lançados em comemoração pelos 5 anos do Angu de Grilo. Em um deles, Flávia Oliveira e Isabela Reis recebem Conceição Evaristo. No outro, em parceria com a Flup - Festa Literária das Periferias - as convidadas são Luanda Carneiro e Sueli Carneiro. Os episódios estão incríveis.
População Quilombola
Mencionamos também a edição do Notícias do Espaço que, além de dados divulgados pelo IBGE a respeito da população quilombola no território brasileiro, reúne contribuições de estudiosos sobre os quilombos, como Beatriz Nascimento, Lélia González, Abdias do Nascimento, Sueli Carneiro, Antônio Nego Bispo, Rafael Sanzio Araújo dos Anjos , etc.
Resgatando Juiz de Fora - Novembro Negro
Mais uma dica é conferir a série “Resgatando Juiz de Fora” produzida pela JFTV, vinculada à Câmara Municipal. Você pode conferir primeiro episódio abaixo:
Também vale a pena conferir:
Nosso número anterior
Nosso 20 de novembro anterior
Viva Zumbi! Viva Dandara!
Créditos:
Emanuelly Vasconcelos Hilário, Sabrina Estefani de Oliveira, Higor Mozart e Weder Ferreira | Financiamento: Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais | Projetos de Ensino - Ações Afirmativas - Edital Nº 10/2024 | Coordenação: Higor Mozart e Weder Ferreira
Nessa mesma linha: O protagonismo de crianças negras no afrofuturismo.